Um super Aspirado - Nitro, Turbo que nada

Trata-se de um superaspirado, com bloco original 1.600 cc aumentado para 2,5 litros.

Com toda a preparação feita, são 215 cavalos de pertencia na roda (cerca de 260 cv no motor) e um rendimento surpreendente: aceleração aos 234 km/h em apenas 10 388 segundos na pista de Interkgos, em Sáo Paulo.

O dono (em SP) comprou o Fusca há seis anos (originalmente com motor 1.6 e carburação dupla) e o transformou num rojao para provas de arrancada. Fissurado pelo modelo Volkswagen e seu motor a ar com cilindros opostos, começou mexendo nos besouros do pai e agora prepara os próprios carros. Já ganhou várias provas em Sáo Paulo, Curitiba, Florianópolis, Londrina... A fórmula do sucesso tem alguns componentes importados e desenvolvimento em dinamômetro.
CriaçãoPara andar na categoria Tração Traseira Super, pode-se aliviar o carro completamente, tanto que esse Fusca pesa agora apenas 620 kg.

Esse "regime" aconteceu gracas ao corte de partes da estrutura metálica e adocao de matenais mais leves como aluminio e fibra de vidro peía carrocena. Por dentro, tudo vazio: há apenas o banco concha do piloto, extintor de incéndio, conta-giros Autometer Monster e volante.
Mas no motor a história é outra: tudo foi modificado. O bloco original foi aumentado para receber um virabrequim especial (maior, 90 mm) e as camisas foram trocadas para utilizar pistóes maiores (94 mm de diámetro). Assim, a cilindrada chegou nos 2,5 litros.
As bielas Pauter vieram da Califórnia (Estados Unidos), assim como os dois cabecotes, que trabalham com válvulas de titanio com 50 mm de diámetro na admissao e 39 mm no escape - os balanceiros, de aluminio, sáo roletados. O comando de válvulas, outro importado, é um Engle 3280.

Dois enormes carburadores J.C. 62 fazem a mistura ar/combustível para o motor. O metanol chega até os carburas com ajuda de uma bomba elétrica Barry Grant 400. A comida toda é queimada pelaa faisca que corre na parte elétrica: bobina Pro Power módulo 7AL e distribuidor billet, tudo da MSD.
Com tração nas rodas traseiras, ao arrancar o Fusca senta no chao e ás vezes chega até a empinar. Os pneus Mickey Thompson traseiros, calibrados entre cinco e seis libras realmente grudam a traseira no chão. O motor e o cambio foram elevados em trés polegadas, para reduzir a altura da carroceria em relacão ao solo. A suspensáo dianteira também teve sua altura reduzida em trés polegadas.

Na traseira, sistema de facao, barra de torção e amortecedores Spax.O cambio importado de quatro marchas trabalba com alavanca Bugpack, que permite engates curtos e rápidos, e diferencial de aluminio Spool.
Todos os componentes da preparacão consumiram quase R$ 40 mil, sem a mão-de-obra, já que seu dono fez toda a montagem em sua oficina. Depois de desembolsar tanto dinheiro, o proprietário conseguiu um patrocinio da Beep Turbo para aliviar o bolso! - e ainda está fazendo temporal nas provas de arrancada em São Paulo, Floripa e Curitiba.Na 2a etapa do Campeonato Paulista, o "Fusquinha" virou 10,388 segundos, passando pela fotocélula a 234,27 km/h. E mesmo com todo esse desempenho, o carro não tem freio! Ou quase isso: para segurar o Fusca a cada puxada há apenas os tambores traseiros oríginais do VW 1.6. Mas seu dono nem quer saber de frear mas, sim, quer affindar o pedal da direita até o assoalho.